quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Poesia: Cativando a Felicidade

Cativando a Felicidade

A felicidade pode estar resumida em pequenos atos,
não necessariamente precisa estar expressa numa peça inteira.
Num verso pode-se transparecer muito mais que em um soneto inteiro.
Não é a visão exterior que me mostra a felicidade,
não é a opinião de outros presentes na minha vida.
Em pequenos momentos muitas coisas são traduzidas
e marcadas para sempre em nosso coração.
Em gestos simples um sorriso discreto nasce,
e este ultimo pode ser a chave para a libertação.
Seja uma palavra doce,
seja um gesto de fraternidade,
seja na descoberta que soluciona o problema,
seja no abraço acolhedor ao chegar em casa,
seja no beijo do amado, seja ele quem for,
seja no caminho longínquo que nos leva ao amor,
seja na trilha errada que nos leva ao caminho certo,
seja recebendo carinho num momento infinito.
A felicidade não precisa bater na porta para entrar,
não precisa de convite,
ela vem quando você menos esperar.
Mas vale lembrar sempre de uma coisa:
ela só vai permanecer se você se permitir ela aceitar.

Vanessa Lima
Por que a felicidade é algo que acontece sem querer,
mas não somos capazes de a cativar quando precisamos a ter?
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domingo, 6 de novembro de 2011

Meia noite de transformação

Retrato do Eu-lirico

A meia noite os sons do coração se revelam,
a principio calmos, mas vagarosamente tornando-se barulhentos.
Ignorando a exigência de se manterem em silêncio
fluem para fora como uma onda de movimento.
Minha alma deixa de ser tranquila e pacifica,
torna-se textural e inquieta, atormentada.
Significativamente é perceptível que algo muda a cada noite,
por que o dia deixará de ser o mesmo amanhã.
Evoluindo no contexto como que por séculos e eras mundanas
passo a ser algo novo em questão de instantes.
Sou como um vaso que cai e não pode voltar a ser o mesmo,
como um muro que recebe uma nova camada de tinta a cada verão.
Mas isso não me torna inconstante.
É mais como algo que me coloca frente a novos desafios,
que me faz aprender com as experiências anteriores.
Quero acreditar que aprendi com os erros que cometi,
com as pessoas que escutei,
com as musicas que ouvi,
com os olhares gentis que recebi
e com os lábios que docemente acalentei.

Por Vanessa Lima
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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

(canção sem titulo)

E eu sentindo que não sou mais quem era
mudo e volto a ser quem sou.
Por que? A vida tem que fluir.
Mas as águas são móveis num ciclo eterno.
Aqui se vê o tempo passar,
mas não se sente a roda rodar.

Vê, não dá pra continuar assim.
Pois não posso viver como estou.
Quero mesmo é que as coisas voltem,
que o tempo mude,
que o tempo retorne.
O tempo errando nas escolhas tortas que fiz.

Vê, não quero mais as flores murchas,
que entregastes ao teu primeiro amor.
Quero mesmo que mostre-me
quem és,
quem sou aqui.
Para poder me tornar alguém feliz.

Parto para outra vida se tu não resolveres
que a vida assim não pode continuar.
Mudo de cidade, de localidade,
de estrada eterna de viver.
Torno-me capaz de sem ti sobreviver...
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sábado, 24 de setembro de 2011

(sem titulo)

Crescer e perceber que nada é o que parece
e que tudo aquilo que se acredita pode ser diferente.
Cotidianamente vejo-me aquém das possibilidades,
das coisas que outrora foram sonhos de vida.
De tudo se tira um pouco durante o aprendizado
e o que fica em você serve para inspirar.
Espera que o tempo vai te mostrar muitas coisas,
mas nenhuma delas realmente é o seu futuro.
Só o passado pode ser lembrado
e muitas vezes não pode ser esquecido.
Escuta o canto da vida,
o sobro da essência,
aquilo que é realmente bom
e que realmente cria asas na imaginação.
Fui traída pelo meu amigo mais fiel:
a certeza da continuidade do momento.
Hoje aprendi que tudo pode se esvair como um sopro
e que muitas coisas podem ser construídas, elevadas.
O que realmente sei é que só confio em duas pessoas:
a primeira sou eu, e a segunda não é você.

Vanessa Lima
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sábado, 10 de setembro de 2011

(sem titulo)

A sensação de perda é tão triste
quanto a sensação de nunca ter possuído.
As vezes as coisas parecem ser,
mas tem vezes que elas são mais do que deveriam.
No cotidiano a ganhos e perdas,
mas há necessidade de que se seja assim.
De modo geral as coisas parecem avessas,
avessas daquilo que a gente pensou ser.
Mas no final de tudo as coisas são como são,
e sei que aquilo um dia veio por que foi necessário.
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quarta-feira, 31 de agosto de 2011


(poesia sem título)

Os pássaros não cantam a noite
por que na escuridão o sono não tarda.
No entardecer ouço uma doce melódia,
vinda do dedilhar de um piano de cor parda.

Recebi um buquê de flores,
mas elas estavam mortas no papel.
E com características artísticas
descrevi como deveria ser o meu céu.

Alguém já disse "que as flores de plastico não morrem",
mas também nunca tiveram um sopro de vida.
O inanimado só é hóspede de nosso apreço aqui
nesses curtos momentos de um sopro de alegria.

Aquilo que é plantado um dia iras colher
e muito mais que um sonho doce vai transparecer.
Acredito que o transcender é maior que o momento do agora
e rapidamente tudo isso aqui pode-se ir embora.
Acordo para a vida que passa rápida como um rio.
Pois se não tiver cuidado tudo de repente se esvai no frio.

Necessito de asas para alçar vôos sobre a terra,
mas preciso de um ninho quente depois do final da guerra.
Busco caminhos para trilhar em que posso me realizar,
mas de certa forma sei que tudo um dia vai acabar.

Vanessa Lima
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sábado, 6 de agosto de 2011

(poesia sem titulo)

Estive sozinha num mundo repleto de alguéns.
Perdida em dúvidas, buscando algo além.
É fato que a vida te mostra caminhos
E que você tem que conseguir trilhar.
Mas mesmo quando a escolha está na cara
É difícil se achar.

Hoje olhei para o céu, e ele estava azul,
As nuvens haviam sumido
E a escuridão se dissipado.
Os pássaros podiam cantar
E o sol podia brilhar.
Por que nesse dia eu quebrei a casca,
Estava fora da minha zona de conforto,
Estava onde eu deveria estar.

Sentindo que ainda existe esperança
Para os erros que cometi.
Escolhi fazer diferente,
Mudar minha vida, correr sem cair.
As vezes posso pensar que tudo esta acabado,
Mas quando ainda há escolhas possíveis nada esta terminado.

Hoje olhei para dentro de mim e tudo estava em paz.
A escuridão havia sumido
E brilhava uma luz capaz.
A cantoria era de liberdade
E a sensação era de felicidade.
Por que nesse dia eu quebrei a casca,
Estava fora da minha zona de conforto,
Estava onde eu deveria estar.

por Vanessa Lima
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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Não grite felicidade

O tempo é o melhor senhor do momento
em que vivo. Nesse lugar, tudo parece parar.
Acordo de madrugada, pensando no nada,
pensando que as vezes é preciso parar de pensar
para poder olhar para frente e ver
que o lugar que estou não é para ninguém estar.

Na verdade o que eu quero é felicidade,
um pouco dessa coisa brilhosa no ar
refletindo o repentino estado de espirito de dois
seres incomuns que dividem o mesmo lugar.

Existe algo aqui dentro de mim,
que pertence a ti, mesmo quando me nego a aceitar
e me prendo no passado que existiu naquele outro lugar.

Caminho sozinha, pensando em tudo.
Pensando que as vezes é melhor parar de pensar.
"Sorria, mostre a alegria!". Mas não diga a ninguém
que a felicidade resolveu com você morar.
Por que meu amigo quando você grita
tem muita gente querendo te calar.
Guarde a felicidade num lugar que só você
vai poder com todas as suas forças encontrar.

Por Vanessa Lima

"Não grite "felicidade", a inveja tem sono leve!"
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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Palavras Repentinas


Palavras Repentinas

Flores, estrelas, pássaros cantando,
O sol nascendo no céu e a lua brilhando.
Açúcar sobre rodelas de limão
dentro de um copo de solidão.

Verde, amarelo e violeta,
um beijo doce e uma borboleta.
Carinhos ansiados como o nosso futuro,
lembrando que posso sair desse escuro.

Rápido o tempo passa depois do amanhecer,
correndo significativamente até o anoitecer.
Me disseram que entre futuro e presente
existe apenas algo que não passa ausente.

Se deixo que se vá,
sei que não mais voltará.
Mas se te prendo comigo
corro o risco do inimigo
que é o tédio abrasador
que te impede de ser meu senhor.

Meu passado não me deu armas
para lutar contra nossos carmas.
Nosso futuro corre como um coelho
enquanto eu fico olhando pelo espelho.

Tenho que escolher entre o aqui e o agora
por que se demorar mais para isso você vai embora,
e me abandona nesse mar
enquanto, tenho para mim, que você não vai mais voltar.

By Vanessa Lima
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terça-feira, 26 de julho de 2011



Eis o melhor e o pior de mim
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate 
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte 
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara 
O mundo é portátil 
Pra quem não tem nada a esconder 
Olha minha cara 
É só mistério, não tem segredo 
Vem cá, não tenha medo 
A água é potável 
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar 
No meu infinito particular

Infinito Particular - MARISA MONTE
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quinta-feira, 21 de julho de 2011

"Tire suas mãos de mim!
Eu não pertenço a você.
Não é me dominando assim
Que você vai me entender.
Eu posso estar SOZINHA,
Mas eu sei muito bem aonde estou.
Você pode até duvidar.
Acho (tenho certeza) que isso não é amor." 

Será - Legião Urbana
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Sentimento Inexplicável


Sentimento Inexplicável

Por vezes sinto no estômago as borboletas voando no céu,
e as palavras que foram ditas parecem doces como favos de mel.
Uma coisa estranha dá aqui dentro quando te vejo chegar.
Na minha cama há dois travesseiros, e um deles vivo a esmagar.
Debaixo das cobertas estou só todas as noites,
a não ser por uma insônia que teima em me perseguir com sua foice.
A lua tem um brilho bonito pela janela de onde vejo o mar,
mas é o sol que faz as plantas crescerem e trás calor ao ar.
A noite o frio me busca como severo raptor,
e um pé de meia ou um par luvas não tem o seu valor.
Esqueci a cor de teus olhos de tanto tempo que não os vejo.
E temo que talvez nunca reveja, nem mesmo em lampejo.
As lentes dos meus olhos divergem em uma dança surreal
enquanto o tempo passa distraído, e logo vejo que nada é real.
Me inspiro no ballet das folhas que farfalham ao vento.
E acho que tudo isso é muito pouco para o que tenho aqui dentro.
Não é paixão o que me consome, nem tão pouco amor.
Desconheço os dois sentimentos, meu senhor.
O que sinto é algo inexplicável de se relatar,
mas sei que fecho e abro os olhos e ele continua no mesmo lugar!


por Vanessa Lima
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terça-feira, 12 de julho de 2011

sábado, 9 de julho de 2011

All My Loving

What's love? =/



All My Loving (Beatles)


Close your eyes and I'll kiss you
Tomorrow I'll miss you
Remember I'll always be true
And then while I'm away
I'll write home everyday
And I'll send all my loving to you

I'll pretend that I'm kissing
The lips I am missing
And hope that my dreams will come true

And then while I'm away
I'll write home everyday
And I'll send all my loving to you

All my loving I will send to you
All my loving, darling, I'll be true

Close your eyes and I'll kiss you
Tomorrow I'll miss you
Remember I'll always be true
And then while I'm away
I'll write home everyday
And I'll send all my loving to you

All my loving I will send to you
All my loving, darling, I'll be true
All my loving, All my loving
All my loving I will send to you
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sexta-feira, 8 de julho de 2011


Eu preciso de um abraço,
eu preciso de um carinho,
de um pouco de atenção.
De alguém que possa me ouvir,
de alguém que possa me escutar,
de alguém para me aconselhar.
As vezes preciso de um tempo para mim,
as vezes é para meu eu,
para aquilo que se esconde em meu interior.
Mas mesmo quando consigo esse tempo
sei bem que a ausência de um alguém
para me acompanhar nessa vida
me faz insatisfeita com tudo.
Preciso de colo de mãe,
preciso de abraço de amigo,
de atenção de irmão...
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quinta-feira, 7 de julho de 2011




"Tem hora que bate
Uma tristeza tão grande
Que eu não sei o que fazer
E nem pra onde ir
É tanta coisa
Que eu queria dizer
Mas não tem ninguém pra ouvir
Então choro sem ninguém ver..."

Canção Choro - Fábio Jr.
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terça-feira, 5 de julho de 2011

Devaneios


Leva-me daqui...
Pode ser a força
Ou pode ser pedindo a meus pais.
Leva-me embora...
Pode ser para um passeio
Ou para uma vida inteira de amor.
Leva-me apenas...
E assim poderemos desbravar lugares impensados
Ou simplesmente descansar num lugar qualquer.
Leva-em para a relva fresca
Ou para areia daquela praia deserta que tanto gostas.
Leva-me de qualquer modo,
Mesmo que seja apenas em meus sonhos...

Por Vanessa Lima - DEVANEIOS

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sábado, 2 de julho de 2011

Sem medo de escuro

Minha cabeça dói por que o mundo gira e as coisas se modificam,
Não existindo mais estabilidade para vida.
Problemas surgindo como pedras no caminho,
E eu achando que isso tudo tinha ficado para trás.

Por escolhas eradas que fazemos saímos erando,
Descendo numa ladeira de atropelos.
E o escuro vêm surgindo na minha frente.
Novamente, forte como antes,
Mas talvez não tão destrutivo como foi.

E nessa continuidade de coisas que se repetem
Penso em que posto devo estar quando a hora chegar.
Impassível devo ver a escuridão se abater
Ou mesmo frágil como sou exprimir minhas vontades?

Por que o escuro se aproxima mais a cada momento.
Mas mesmo com tudo isso quero que saiba,
Que eu não temo a escuridão,
Mas o monstro que se esconde nela.

Por Vanessa Lima

Escrevendo quando estou cheia de problemas e dúvidas e ninguém está por perto para me ajudar...
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De coração aberto



De coração aberto

Em um mundo distante vive um estranho ser,
Um estranho ser repleto de qualidades,
Mas mais que isso, repleto de defeitos.
Talvez o seu maior defeito esteja no coração.
Seu coração é indeciso, complexo de mais.
Quer coisas agora que daqui a dois minutos
Não vão fazer mais sentido algum.
É um coração cheio de espaço,
De lacunas que teimam em ficar abertas,
Carentes, esperando por alguém,
Atraindo aventureiros desalmados
Ou mesmo andarilhos solitários.
É um coração inquieto,
Que não repousa em noites de vazio.
Esta sempre alerta, esperando.
Esperando que batam sua porta,
Que se apresentem com um sorriso.
Sim, apenas um sorriso.
Um sorriso apenas é capaz de abrir os caminhos,
Abrir as portas mais profundas.
E quando o sorriso do viajante sem destino
É precedido por palavras de afeto
As lacunas tornam-se lugar de descanso
Para o estrangeiro nesse mundo distante.
Há que se ter em conta os problemas causados.
Pois nem sempre o hóspede quer asilo permanente
Ou mesmo mais que uma noite de sonhos belos.
E no outro dia, ou em uma semana parte,
Parte e deixa o quarto ocupado,
A lacuna vazia para outro.
Mas mesmo quando se despede de modo cordial
Esse visitante de belo sorriso deixa sua marca.
Marca essa que não era esperada,
Mas que por algum tempo será recordada.

Por Vanessa Lima
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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Reflexões I


Reflexo de quem sou

O ideal para mim não esta refletido no espelho,
Não é o eu que existe em mim.
Busco a cada dia a verdade verdadeira,
Que ira desmentir a mentira contada,
A ousada situação de me enganar.
O espelho reflete apenas o que exterior mostra.
Mas e o interior? O que esta por dentro?
Encoberto por paredes de sonhos,
De desejos, de anseios muitas vezes tolos.
A cada dia me reescrevo em uma parede branca,
Nua de ideias, nua de situações.
Ao tal passo de hoje eu nem mesma saber mais quem sou.
Exagero? Pode ser.
Mas o fato de que me mudo sempre
E de que isso é algo independe não é.
A percepção de que sou mutável me apareceu a tempos,
E a cada dia percebo ser mais real.
Choro por que estou triste,
E por que não tenho motivos para chorar.
Sorrio da própria vida
Ou mesmo de algo sem pensar.
Mudo de humor de tal modo que
Não pareço ser mais eu mesma.
Alguém pode dizer: bipolar.
Quem sabe? Ninguém ousou me diagnosticar.
O fato é que mudo sempre
E que quando olho no espelho
Temo não ser mais eu que vá encontrar.

Por Vanessa Lima
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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Gente marcada

Gotas de chuva são lágrimas que o céu derrama,
Mas ao invés de serem marcos de tristeza
Trazem alegria e vida a terra seca e rachada.
O sol nem sempre é sinal de alivio,
Pode ser martírio para um chão sem água,
Pode ser suplicio para um povo sem nada.
A planta que parece sem vida trás consigo salvação,
Pois é dentro da palma que o homem encontra
Aquilo que vai ser sustento, manutenção.
Retirantes se afastam da fome e da dor
E buscam em outras terras um consolador.
Mas a triste jornada não leva ao emprego,
Não os leva a casa sonhada.
Seus filhos passam fome em terra que não é seca,
Onde água corre muita no meio das cidades.
Mas essa água é suja, deixou de ser translucida,
Não vale para beber, para se banhar,
Não é sustento para o homem se embrenhar.
As árvores também não existem aos montes nesse lugar,
E as que existem estão em parques onde não se pode pisar.
A casa outrora de taipa hoje é de papelão,
E o céu não tem mais estrelas, só o clarão.
O clarão dos carros que passam a noite,
Das casas de música alta que enchem a cidade.
O lixo se acumula nas ruas
E é sustento para muitos sem chance,
Que encontrão no entulho
Uma oportunidade vacilante.
Puxar carroça para viver,
Para poder levar para os filhos,
Para as crianças em casa,
Um pouco do que comer.
Do governo vem ajuda pras crianças na escola,
E tem muita gente que diz que isso não passa de esmola.
Mas esse povo não enjeita,
Por que muitas vezes é a única solução,
Num mundo onde o capitalismo impera,
E a humanidade anda na contra mão.
Essa gente que é invisível clama por tempos de paz,
Não de uma paz sem ter armas,
Mas por uma paz de espirito,
Aquela que muita gente não é capaz.

Por Vanessa Lima
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terça-feira, 28 de junho de 2011

Tarde de sol


Tarde de sol

Vento, ventania.
Prefiro uma tarde de sol
Uma calmaria.
Estar junto daqueles que amo.
Ouvir uma canção doce
sobre aquelas coisas que parecem ser simples,
mas que no fundo tem muito mais valor.
Sentir a doce sensação de ser querida
por aqueles que a quem quero bem.
Ver os sorrisos,
escutar as conversas afiadas
na claridade do sol.
E quando este estiver para se pôr,
para se despedir de nós,
quando estiver para dar um adeus temporário,
poder ver a lua bonita chegando.
A lua que trás consigo um manto de escuridão,
mas que não se deixa cobrir por ele,
mantendo ao seu redor tudo claro,
tudo iluminado...

Por Vanessa Lima
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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Egoismo



Pássaro solitário

Eu queria ter asas
e poder alçar grande vôos,
solitária na imensidão azul do céu.
Não me preocupar na hora da chegada.
Não em ter alguém a me esperar
no ponto de partida ou no ponto de chegada.
Estar livre pelo mundo a fora,
sem me preocupar com o amanhã.
Sem ter que dar satisfações,
sem ter que pedir autorizações.
Não me preocupar em ser legal,
em ser aquilo que a sociedade acha normal.
Pode soar egoísta dizer isso,
mas sinto que só talvez as coisas fizessem mais sentido.

Por Vanessa Lima
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sábado, 25 de junho de 2011

História do interior

O causo de Maria

Desde pequena eu ouço da minha vó
as histórias que ela contava do povo do interior.
Ela contava que tinha uma tal de Maria
que era muito espertinha e logo se encantou.
Se apaixonou por um tal de seu Zé,
que se encantou dela e logo se enrabichou.
Mas não contaram para os pais dela
e em pouco tempo Maria se apaixonou.
Se encontravam de baixo do umbuzeiro
e mesmo sem dinheiro acreditavam ser isso amor.
Por causa disso numa tarde de domingo
José levou Maria para a pedra do Laçador.
Sem muito esforço convenceu Maria,
que era menina inocente, e pra ele se entregou.
Depois José mandou que ela voltasse e se que arrumasse,
por que ia fugir com ela, pois agora era seu senhor.
Maria, que não era mais menina
voltou para sua casa feliz e tudo logo arrumou.
Foi pro lugar que havia marcado, debaixo da ponte do riacho,
e naquele lugar ela esperou.
E depois de um tempo viu que José não vinha
ficou desorientada e logo endoidou.
Saiu correndo por dentro dos sítios,
saiu se escapulindo procurando o encantador.
Mas o danado do José por ali não tava,
ele já tinha desaparecido daquele interior.
E a história já se espalhava
da mulher que se entregara e fora enganada pelo malfeitor.
Depois de dois dias Maria voltou pra casa,
estava difamada, mas era história de amor.
Seu pai queria que ela virasse freira,
mas como não era mais moça isso não rolou.
Ela casou-se com um dono de gado,
um velho meio mal encarado que a aceitou.
Ele já tinha um a penca de filho, cerca de menino
que Maria carinhosamente adotou.
Ela virou dona de casa,
pois era moça prendada e tinha dotes sim senhor.
E o povo não sossegou, procurou o traidor
e logo descobriu que José era matador.
Foragido de uma capital do norte,
tinha se escondido naquela parte do interior.
Não se pode dizer que Maria foi feliz,
mas se pode dizer que um dia ela pelo menos tentou.

Por Vanessa Lima


Minha vó conta essa história as vezes, e outras que envolvem outros casais. Não se sabe ao certo se é verdade ou se mais coisa da cabeça do povo do interior. O fato é que muitas Marias receberam juras eternas e acabaram sendo enganadas por séculos. O interessante das histórias antigas que são passadas de pais para filhos, de avôs para netos, é que no fundo existe um sentido que pode ser aproveitado para sua vida. Não sei bem por que resolvi escrever esse causo aqui, só sei que escrevi. 

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Música para meus ouvidos


Quero dedilhar nas cordas do violão
aquilo que sinto dentro do coração.
Que a guitarra sole o som 
que vem do interior e que sei que é bom.
Que a zabumba faça o menino dançar
e a menina bonita bailar.
Que o pandeiro soe em todo lugar,
mas principalmente na frente do mar.
No vento eu quero ouvir o bandolim,
e que anjos possam cartar pra mim.
Em um beco ouvir a gaita soar
com um coro de passarinhos a acompanhar.

A melodia pode ser doce, 
pode ser rápida,
pode ser lenta,
pode ser até de massa.

Pode ser forró,
pode ser samba,
pode ser coco,
pode ser baião,
pode ser frevo
pode ser outro sei não.

Pode ser reggae
ou rock
ou rip rop 
ou funk.

Pode ser um bolero,
uma salva,
até mesmo um sonho de valsa.

Com tanto que seja música,
que seja algo que venha de dentro.
Que seja ritmado,
que seja bonito,
que seja agradável,
que seja aquilo que um dia foi desejado.

Por Vanessa Lima
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quarta-feira, 22 de junho de 2011

Seja você


Seja você


O que me importa quem tu eras,
Ou quem tu serás?
Só o que o importa é o que sois agora.

Você pode ter sido outro alguém,
Em outro lugar distante.
Mas o que vale é o momento
Em que juntos estamos, este instante.

De quantos modos pode ser
Só importa se um deles for você.
Se brilha ou se apenas reflete,
Se és estrela ou se és espelho,
Nada disso tem sentido se nada é você.

Podes rir,
Podes até chorar,
Mas com tanto que seja real
E que dure, pelo momento que durar.

Por Vanessa Lima
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"Bondade sua me explicar com tanta determinação
Exatamente o que sinto, como penso e como sou
Eu realmente não sabia que eu pensava assim..." (Renato Russo)


Só uma coisinha sobre como me senti nessas ultimas semanas com relação a coisas que falaram  sobre mim... definitivamente você não sabe nada sobre mim. E a minha tristeza está no fato de você  poder gastar mais tempo preocupado com sua vida, e menos com a minha vida. 
Talvez assim você pudesse ser mais felizes, como eu sou! :)
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Conflito de ideias

Noite vazia repleta de sonhos.
Sonhos partindo pela extensão universal.
Vagando por galaxias,
passeando entre estrelas.
Astros cadentes e coerentes,
que tomam espaço na expectativa.

Sorrio da ironia de tudo ser fino
no mesmo passo que meu pensamento é infinito.
Infinito em possibilidades,
em caminhos novos,
em estradas virgens de experiências.

Nada há de estagnado nessa trajetória.
Nada há de ser apenas aquilo, pequeno, ínfimo.
Tudo é grande, em seu sentido amplo.
Tudo converge para um algo mais.
Se encaminha para aquilo que deve ser.

Mas se nada esta definido
e tudo se faz pelo livre arbítrio,
as ligações são partidas em confusão.
Aleatória se torna nossa decisão,
ao passo que uma teia invisível une
aquilo que era,
aquilo que foi
e aquilo que com certeza um dia há de ser!

Por Vanessa Lima
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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Novo poema

Abandono

Quando acordei de manhã
E olhei para o lado
Não pude te ver
Estava vazia, a cama emprestada
Pro nosso aconchego,
Pro nosso amor.

Lembro da noite antiga
Da lua tão clara,
Que no alto sorria.
O vento soprava
E eu admirava o nosso amor.

Passei muito tempo sozinha
Era ave solitária
Voava onde queria.
Mas no meu coração
Algo me faltava, 
Talvez fosse amor.

Quantos momentos bonitos
Quantas juras juradas
Quantos tantos sorrisos
Quantas cartas mandadas.
Abraços, beijos, pedidos
Eram momentos de amor.

Hoje me esqueço dos planos
Dos sonhos sonhados
Dos projetos advindos
Da promessa que ouvi
Da sua boca de fada,
Que jurava eterno amor.

Por Vanessa Lima

Olá! A algum tempo não escrevo por aqui e senti necessidade disso hoje. Esse poema é uma canção de minha autoria  que fala sobre o fim de uma relação por abandono ou perda. Eu não sei o que isso quer dizer, mas essa inspiração me veio. Então estou colocando por aqui. 

Abraços e beijos!
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sábado, 7 de maio de 2011

Idiotice: a arte de não escutar


Muitas coisas acontecem a cada dia e nos mostram um pouco mais como a vida em sociedade e as relações entre os seres humanos estão mais difíceis. E impossível se conceber nos dias de hoje relações inter-pessoais que não estejam pautadas em dialogo e no tão falado "saber ouvir". Talvez o grande problema da humanidade esteja nesse ponto: as pessoas não sabem ouvir. 


Alguém disse certa vez que: "Deus nos deu dois ouvidos e uma boca para podermos falar menos e escutar mais." Talvez esse alguém esteja certo em pensar nessa lógica, mas eu diria que nos foi dado dois ouvidos e só uma boca, por que se tivéssemos duas elas divergiriam entre si, pois cada uma iria querer falar primeiro, mais alto e com mais propriedade, e ai o problema seria grande. 


Nossa boca parece ter propriedades alto-destrutivas. Como assim? Quem nunca ouviu a frase: "fulano falou sem pensar". Mas como se pode falar sem pensar?! A fala esta diretamente ligada ao cérebro e aos pensamentos. Ninguém fala sem pensar, as pessoas simplesmente "falam de mais" ou melhor "falam o que não deveriam". Mas quem controla o que se deve ou não falar. Ora, a própria consciência humana. Ela mesma que deriva do cérebro, que controla os pensamentos. Talvez fosse mais correto se dizer que "fulano falo o que pensa", que também é uma frase corriqueira.


O pensamento nem sempre é organizado de uma maneira que se mantenha a ordem naquele lugar onde as palavras serão proferidas. Ele deveria ser o senso lógico que lhe impediria de desferir palavras ofensivas para outros ou dizer coisas que possam ser mal interpretadas. Mas me parece que muitas vezes esse senso lógico não segue uma noção lógica de linearidade e pega caminhos duvidosos fazendo com que nossa língua, e consequentemente nossa boca profira palavras e frases que poderiam ser não ditas, ou ditas de outra maneira. 


Mas o que faz com que esse caminho não seja seguido de forma correta e que o pensamento busque outros caminhos? A idiotice. Sim, a idiotice. A mãe daqueles que se elevam e que gostam de humilhar os outros, as vezes inconscientemente claro. Posso dizer que a idiotice chega a ser uma arte. A arte de não escutar. Sim, escutar. De ouvir o que se esta ao seu redor, para fazer a escolha certa e não pegar o caminho que não leva a lógica linear do pensamento. 



Disseram que: "a ignorância atravanca o progresso da nação." Pois eu diria mais, diria que a idiotice atravanca o progresso do desenvolvimento concreto das relações entre as pessoas. Quem quer estar com alguém que age como idiota, que "fala o que pensa", que "não sabe escutar ninguém"? É ai que esta o ponto. Os idiotas impregnam a fase da terra e fazem a sua arte ser disseminada. É raro alguém que é mal tratado por um idiota e se cala, em geral essa pessoa age como o idiota, "fala sem pensar" e se torna um idiota. E a arte da idiotice se propaga mais que boato fofoqueiro. E então todos nos tornamos um pouco idiotas, e nos tornamos culpados por existir outros idiotas e o ciclo da arte da idiotice perdura por um longo tempo.


Por Vanessa Lima

Tecnicamente se caracteriza a idiotice como um déficit de inteligência, de capacidade de aprender. Mas como no popular o sentido é quase esse ai do texto...
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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mudança de paradigma: do nerd ao novo geek

Encarar as mudanças de vida não é tarefa fácil, mas todos os dias as coisas se modificam e mudamos junto com elas. Como diz a fisíca: o mundo gira! E se o mundo gira não podemos ficar parados, a mercê da monotonia e da continuidade. Por isso de geração em as coisas evoluem como pokémons e chegamos ao ponto em que a raça humana hoje está.

Nerd (estereótipo)

Falando de comportamento é notável a diferença do jovem de hoje para o jovem da década passada e da década antes dessa. Alguns dirão: não se fazem mais jovens como antigamente. E outros: o jovem é o futuro. Sem dúvida as duas vertentes de pensamento estão absolutamente certas nos seus pontos de vista, por que uma coisa não anula necessária a mente a outra. Diante dessa questão de mudança de comportamento um ramo bem peculiar de ser humano (e digo isso sem qualquer domínio sociologico do tema) tem perceptivelmente mudado ao longo dos tempos: o nerd.

Novo Geek
A mídia televisiva, os jornais, revistas, o cinema e a internet está ai para provar. O nerd de hoje não mais o mesmo. Fala-se no movimento Geek que rompe barreiras e passa do degrau de míope alienado com calças caqui (tão menosprezado no século passado) para homem (ou mulher, não sou preconceituosa) que pode estar em alto cargos de comando, ser jornalista, engenheiro ou blogueiro, usa a roupa que todo mundo tem, a que é "tendência", põe óculos de grau se quiser (por que pode usar lentes sem perigo), ou nem é miope. O nerd hoje é alguém além das possibilidades. É um ser que pode sair da reclusão e mostrar ao mundo todo seu conhecimento. Jogar seus jogos de game, ver suas series malucas, ler os quadrinhos ou animes, entender de tecnologia sem ser chato, jogar seu RPG e lançar dados de vinte lados nas tardes de domingo, ter seu time de futebol preferido e se quiser jogar também, dizer que "a força esteja com você sem ser ridicularizado. O nerd se afastou do preconceito anterior que o mantinha afastado das mulheres interesseiras e do convívio com as pessoas "normais". Que o diga os grandes milionários Geeks empresários Bill Gates e Mark Zuckerberg  (se você não os conhece é melhor ler mais) e os blogueiros/empresários e algo mais de sucesso Alexandre Ottoni e Deive Pazos (do Jovem Nerd), além de escritores, cineastas, comediante e vários outros artistas.

 De certa forma o novo Geek não é mais rotulado. Hoje é algo que muitos querem ser. Algo que meio que dá "status quo" sem te deixar distante das outras coisas. Confuso, não é? Pois é... Ser nerd ou Geek é mais que o jeito que se veste ou o que gosta, e algo que tem mais a ver com as suas escolhas pessoas e como elas vão refletir no mundo.

Por Vanessa Lima

Uma simples lembrança sobre o  Star Wars Day (quer coisa mais Geek), 04 de maio...
"May the 4th be with you."




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terça-feira, 26 de abril de 2011

O que importa



Estou ficando cada dia mais só e temo em achar que a busca por algo que me complete pode ser o maior culpado disso. Os meus dias estão se passando. O tempo esta correndo, não mais andando. Aprendeu que ficar estagnado não é algo natural. A mobilidade sim, esta tem que o acompanhar sempre. O tempo deixou de ser um sedentário ou esportista de ocasião. Agora ele não é mais atleta de final de semana, é medalhista de olimpíada. Bate todos os recordes a cada milésimo de segundo. E eu já não posso mais acompanhar.  A vida vai seguindo o mesmo compasso. Acompanhando o ritmo. Mas não na mesma batida. Sua batida é mais lenta. Menos compassada. Às vezes é até difícil para eu ouvir. Deve ser por isso que ninguém também ouve. Que ninguém também percebe. Vendo-me a cada dia pelas ruas. Minha moeda de pagamento não é dinheiro ou aquilo que muitos chamam de prazer. Vendo-me por um simples sorriso ou um aperto de mão. Pelo reconhecimento do meu esforço. Pela alegria do agradecimento. Pelo sopro da amizade. E até quem sabe por uma ou duas palavras de amor. Sinto que existem muitos capazes de pagar. De me gratificar a cada novo tempo de 24 horas. Ou até mesmo a cada mísero tempo de 60 segundos. Não mais que isso. Não peço muito. Apenas quero que no final das contas eu possa passar percebido pelo mundo. Que possam me reconhecer. Não por que quero 15 minutos de fama ou capa de revista. Não por que quero ter holofotes sobre mim. Não por que minha existência deva ser algo de grande valor para a humanidade. Mas sim simplesmente por que acho que no fundo deve existir alguém que em meio ao atropelo da vida possa um dia me amar de verdade.


Algo que escrevi durante a madrugada pensando em várias pessoas e acontecimentos... talvez muito pensem assim ou até mesmo queiram o mesmo. Eu não sei ao certo...
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