quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sentimento Inexplicável


Sentimento Inexplicável

Por vezes sinto no estômago as borboletas voando no céu,
e as palavras que foram ditas parecem doces como favos de mel.
Uma coisa estranha dá aqui dentro quando te vejo chegar.
Na minha cama há dois travesseiros, e um deles vivo a esmagar.
Debaixo das cobertas estou só todas as noites,
a não ser por uma insônia que teima em me perseguir com sua foice.
A lua tem um brilho bonito pela janela de onde vejo o mar,
mas é o sol que faz as plantas crescerem e trás calor ao ar.
A noite o frio me busca como severo raptor,
e um pé de meia ou um par luvas não tem o seu valor.
Esqueci a cor de teus olhos de tanto tempo que não os vejo.
E temo que talvez nunca reveja, nem mesmo em lampejo.
As lentes dos meus olhos divergem em uma dança surreal
enquanto o tempo passa distraído, e logo vejo que nada é real.
Me inspiro no ballet das folhas que farfalham ao vento.
E acho que tudo isso é muito pouco para o que tenho aqui dentro.
Não é paixão o que me consome, nem tão pouco amor.
Desconheço os dois sentimentos, meu senhor.
O que sinto é algo inexplicável de se relatar,
mas sei que fecho e abro os olhos e ele continua no mesmo lugar!


por Vanessa Lima
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