terça-feira, 19 de novembro de 2013

Decidindo mudar


Eu fiz tudo porque quis,
mas você não pode negar que também foi por você.
Abdiquei de várias coisas
pra manter o respeito e controle que me era exigido.
Tentei ao máximo ser aquilo que queriam,
mostrar que podia fazer o que julgavam certo.
Não pestanejei ao lembrar de você em todas as minhas escolhas.
Sempre te coloquei no centro e fiquei dentro da bolha.
Não fui perfeita, mas quem é?
Contudo, disse 'não' pra várias possibilidades.
Fiquei com você nos momentos de mais dificuldade.
Fui amiga, companheira e confidente.
E acreditei, de verdade, que você estava contente.
Mas um dia eu quis viver minha vida e mudar,
quis fazer mais por mim e arriscar.
O que senti de você é que todos os anos caíram por terra.
E o que eu julguei ser perfeito não era.
Sua confiança em mim é mais frágil que a própria vida,
e diante de um simples pedido de tempo foi partida.
"Ingratidão" não foi a palavra mais dura que já ouvi,
mas vinda de você derrubou meu chão aqui.
Vi que você resolveu que é hora de pensar em você.
Então acho que a hora de eu crescer.
Vou deixar pra trás o que eu julguei que era belo
e de agora em diante vou ter que construir novos elos.

Vanessa de Lima
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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Você é uma vadia




Mulher, você é uma vadia!
Você é uma vadia por ter sonhos que não sonhos de mulher.
Você é uma vadia por ter uma profissão que "não é pra uma qualquer".
Você é uma vadia por que acorda cedo e vai trabalhar.
Você é uma vadia por que chega tarde sem ninguém lhe acompanhar.
Você é uma vadia por que chegou num carro estranho.
Você é uma vadia por que não segue o resto do rebanho.
Você é uma vadia por que foi assediada na parada.
Você é uma vadia mesmo quando esta calada.
Você é uma vadia por não deixar sua família escolher.
Você é uma vadia por pensar que a vida tem que correr.
Você é uma vadia por não escolher ficar com um homem, e sim com outra vadia.
Você é uma vadia, mas "vai acabar ficando para tia".
Você é uma vadia quando escolheu essa roupa pra vestir.
Você é uma vadia e logo arruma um 'bucho' e vai parir.
Você é uma vadia que gosta de ir pras baladas.
Você é uma vadia que não quer ser a princesa dos contos de fadas.
Você é uma vadia que não faz coisas de mulher direita.
Você é uma vadia que acha que já é mulher feita.
Você é uma vadia que resolveu não ter filhos.
Você é uma vadia que "desse jeito nunca vai arrumar marido".
Você é uma vadia que "tem mais filhos do que pode criar".
Você é uma vadia que "abre as pernas sem pestanejar".
Você é uma vadia que esta a tanto tempo sem namorar.
Você é uma vadia que beija o cara sem antes pensar.
Você é uma vadia que já dormiu com mais de um cara diferente.
Você é uma vadia que "finge ser crente".
Você é uma vadia quando senta naquela mesa de bar com outras vadias pra conversar.
Você é uma vadia quando senta com homens, você não sabe seu lugar?
Você é uma vadia quando olha para bunda do homem que passou.
Você é uma vadia quando 'dá dedo' para quem te assediou .
Você é uma vadia quando acha que tem direito a fazer qualquer reclamação.
Você é uma vadia quando tira o sapato e coloca os pés no chão.
Você é uma vadia que se deu ao direito de pensar.
Você é uma vadia que tem capacidade suficiente de afrontar.
Você é uma vadia que chega a lugares que ninguém nunca imaginou.
Você é uma vadia que quer sair de casa porque já cansou.
Você é uma vadia pelo simples fato de ser.
Você é uma vadia, acostume-se com isso, isso ajuda a crescer.

Vanessa de Lima
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quarta-feira, 23 de outubro de 2013

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Os 'outros'

As relações humanas são engraçadas. De uns tempos pra cá passei por muitas situações e comecei (em certos casos de forma obrigatória) a conviver com uma quantidade significativa de pessoas diferentes. Diferentes em pensamentos, em modos de agir, de ser, de se portar, de falar, de encarrar o que os outros falam. Esse convívio, um tanto forçado, acabou por me mostrar que as vezes eu vivo num mundo não tão feliz. É lógico que eu tenho consciência que a vida não é um "mar de rosas" e que nos lugares onde estarei nem todos estarão dispostos a me receber com sorrisos e braços abertos.
Posso falar abertamente que nas ocasiões onde a receptividade ocorreu/ocorre de modo agradável aquele lugar/ aquelas pessoas tornam-se suportes importantes na caminhada diária. Contudo, como já explanei, isso não ocorre sempre.
De modo geral acredito que a receptividade ocorre de forma não tão valorosa parte por minha culpa que, com os defeitos que tenho, não consigo manter laços de relações tão perfeitos. Por outro lado, certas situações me mostram que muitas pessoas estão preocupadas em viver seu 'egocentrismo disfarçado' (termo que achei pertinente e que ando usando em meus pensamentos atuais com frequência) que acaba por mutilar as relações interpessoais a medida que as pessoas descobrem que são apenas joguetes e meros marionetes na escala de subida da vida.
Posso contar nos dedos entre os laços de relações que representam valores importantes em minha vida quais realmente se importam comigo. Há aqueles que já existiam antes desse tempo correlatado, mas dos que surgiram nas atividades que me propus a desempenhar nesse último período acabo a cada dia contando menos quem realmente mostram algum tipo de sentimento de irmandade, não no sentido máximo, mas no sentido de companheirismo.
Quero que fique claro aqui que não quero ser cercada de paparicos e pessoas que ajam como adoradores de um "pseudo-bom caráter" ou de algo que eu demonstre de valoroso, mas sinto necessidade de pessoas que fossem mais abertas e receptivas, de gente que pude-se olhar no olho e entender o outro (tenho tentado, fracassando por vezes, fazer isso).
Numa análise mais geral dessa problemática não chego a uma conclusão acertada de qual seria a solução para que essas relações ocorressem de modo mais adequado, mas penso que talvez mudando um pouco de atitude e entrando no jogo daqueles que acham natural que as relações sejam baseadas em pilares desestruturados de verdade e unidade as coisas pudessem ocorrer de uma forma mais aceitável.

(...)

Depois de refletir por um minuto sobre como a vida se tornaria superficial ao encarrar as relações com as pessoas como uma forma de 'escada social pragmática de vida' me deparo com a certeza que mesmo sendo incapaz de agir de forma suficientemente não defeituosa, viver de modo robótico e superficial, 'jogando o jogo do quem agrada mais', não é algo que me parece agradável e essencialmente satisfatório.
Por fim, acabo por ficar com meus 'defeitos' que não me tornam máquina de um sistema que pode me transformar em um dos 'outros'.

Vanessa Lima
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terça-feira, 11 de junho de 2013




E eu te abandonei Senhor...
Mas sei que quando acertei e quando errei Tu estava lá me ajudando a não cair mais fundo do que eu pudesse me levantar!
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