sábado, 2 de julho de 2011

De coração aberto



De coração aberto

Em um mundo distante vive um estranho ser,
Um estranho ser repleto de qualidades,
Mas mais que isso, repleto de defeitos.
Talvez o seu maior defeito esteja no coração.
Seu coração é indeciso, complexo de mais.
Quer coisas agora que daqui a dois minutos
Não vão fazer mais sentido algum.
É um coração cheio de espaço,
De lacunas que teimam em ficar abertas,
Carentes, esperando por alguém,
Atraindo aventureiros desalmados
Ou mesmo andarilhos solitários.
É um coração inquieto,
Que não repousa em noites de vazio.
Esta sempre alerta, esperando.
Esperando que batam sua porta,
Que se apresentem com um sorriso.
Sim, apenas um sorriso.
Um sorriso apenas é capaz de abrir os caminhos,
Abrir as portas mais profundas.
E quando o sorriso do viajante sem destino
É precedido por palavras de afeto
As lacunas tornam-se lugar de descanso
Para o estrangeiro nesse mundo distante.
Há que se ter em conta os problemas causados.
Pois nem sempre o hóspede quer asilo permanente
Ou mesmo mais que uma noite de sonhos belos.
E no outro dia, ou em uma semana parte,
Parte e deixa o quarto ocupado,
A lacuna vazia para outro.
Mas mesmo quando se despede de modo cordial
Esse visitante de belo sorriso deixa sua marca.
Marca essa que não era esperada,
Mas que por algum tempo será recordada.

Por Vanessa Lima
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