sábado, 19 de fevereiro de 2011

Dois em um (poesias)



Dúvida perigosa


A angustia da dúvida surge em meu peito
inquieta-me o coração
mexe com minha ação.
Me deixa na mão.


Não sei se é possível te desvendar totalmente,
mas eu teimo em tentar.
Tento ler as entrelinhas da escrita,
tento sempre te decifrar.


Se faz de difícil sem nem mesmo querer.
Me mostra ser difícil eu te compreender.
Deliro achando coisas que não podem,
que não tem o porquê,
que são apenas coisas para ninguém,
que são vacilos que vão e vem.


- Não há nada entre eu e você,
apenas aquilo que é permitido ter.


Desejos são coisas que se vão.
Sentimentos são coisas sem razão.
Uma palavra pode me reanimar,
mas só uma falta dela pode me fazer parar!


por Vanessa Lima

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Frustração

Espero demais as vezes. 
Espero que as coisas aconteçam e que não aconteçam.
Que surjam os raios de sol pela manhã, mas também que a chuva traga o orvalho restaurador.
Que os dias terminem rápido e que demorem o necessário.
Que seu sorriso possa mais uma vez encher minha vida. 
Mas mais que isso, que você apenas entenda que eu não quero nada de mais de você.
O que eu quero realmente é que você possa me dizer se sim ou não,
ou então que apenas que não me crie esperanças em vão!
Você pode delirante me dizer que nunca as me deu,
e eu vou baixar a cabeça sobre tudo o que achei
e simplesmente não mais te perturbarei!

por Vanessa Lima

Mais um monte de coisas que me fazem sentido e que talvez (só talvez) façam sentido para um outro alguém. Mas no fim o que resta apenas é o que sinto (o que se sente), o que eu digo e o que não é dito com as palavras, nem com os gestos, nem com ligações, nem com mensagens ou poemas, nem com  nada mais... só o que existe por dentro sem poder sair na hora que se deve.


Em completa solidão numa madrugada vazia,
triste por não poder entender todas a coisas
e por tudo ser tão mais difícil para mim.

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