Ouvi hoje que a doença da modernidade é o tédio
Ah, o tédio. Aquele que nos leva a momentos de inteira solidão e reclusão sem nem ao menos precisar pedir.
Sinto tédio numa tarde nublada e num dia de sol, mas apenas quando estou só.
E então uma nova palavra surge: solidão.
Talvez seja essa a doença da modernidade.
Um mundo tão repleto de gente, e as vezes falta gente para te acompanhar na mais casual conversa de amigos.
E nos sentimos só.
Como numa ilha deserta cercada.
Cercada por todos os lados.
Mas não de água.
De gente.
- De gente sem tempo de ser gente.
- De gente que não sorri mais para a gente.
- De gente que não olha nos olhos e na cara da gente.
E fico eu aqui a pensar.
A insônia, minha companheira inseparável de noites mal dormidas e idéias que mais parecem devaneios, aparece na noite.
No escuro de uma noite triste, mas clara, iluminada pelo luar que entra pela minha janela e mostra que lá fora há algo que ainda falta nos deixarmos descobrir.