terça-feira, 11 de setembro de 2012

Decisões



As escolhas que fazemos na vida


"Acho meio careta falar que a mulher de hoje se vira em mil. Já sabemos que isso é verdade. Mas também sabemos que nem sempre dá pra fazer tudo. E tudo bem, não tem nada errado nisso. Eu sou humana, você também. Nem sempre consigo fazer meu trabalho, ligar a máquina, estender as roupas, levar a cachorra para passear, fazer as unhas, telefonar para aquela amiga que está com um super problema, ir ao banco, marcar consulta no oftalmologista, ir ao supermercado, fazer a feira, visitar a minha mãe, comprar flores para casa, achar uma receita nova, dar um jeito de ir à reunião de condomínio e caminhar uma hora na esteira. Às vezes a coisa fica preta. E eu respiro fundo e penso tá-tudo-certo-não-tenho-que-ser-a-mulher-maravilha. O dia só tem 24 horas e, sinceramente, não tenho a pretensão de conseguir fazer com que ele tenha 27. 
Hoje em dia, vejo muitas mulheres insatisfeitas. É claro que a gente sempre quer melhorar e evoluir. E isso é ótimo. Só não dá pra querer o impossível. É preciso ter metas reais. Não adianta passar a vida inteira lutando contra seu quadril largo. Por mais que você emagreça ele não vai mudar. Mas existem coisas que podemos, e devemos, transformar em nossas vidas. Se você só se envolve com homem que não presta, é hora de rever as coisas. De repente, é o seu comportamento que está “atraindo” esse tipo de sujeito. Sim, mesmo sem querer a gente dá certos sinais. Se você está repetindo o mesmo padrão de comportamento, dê um basta e mude a sua vida. Ninguém disse que é fácil e simples, mas é possível (além de saudável, pois ninguém quer um bolha ao lado). 
Eu desenvolvi a técnica do chega. Funciona assim: tem algo incomodando? Então chega. Chega, eu não estou aqui pra ser infeliz. Estou aqui para buscar alguma paz, uma serenidade, um norte. Não quero alguém que me desestabilize, me humilhe, me desvalorize. Quero uma pessoa que me admire, me dê força, me faça rir, faça a minha vida ficar mais leve. A gente já tem problemas demais para estar ao lado de quem não colabora para a vida ficar melhor (isso vale para amigos e amores). Sinceramente, não peço muito. Não precisa me oferecer um mundo de sonhos, só precisa me mostrar uma realidade tranquila. Sem sobressaltos, sem portas batendo, sem telefone desligando na cara, sem pneus cantando na madrugada, sem gritos, sem palavrões, sem piração. E eu também sei que romance de cinema existe só lá na telinha. Então eu quero tranqüilidade. Não quero alguém que faça meu  coração acelerar, minhas pernas tremerem, fogos de artifício imaginários aparecerem. Isso  existe, sim, mas se chama paixão. Quero um amor sossegado. Alguém para me abraçar, assistir um filme, jogar baralho, viajar, conversar, contar o dia, fazer cafuné, dar apoio, confortar. Quero troca, carinho, respeito, cumplicidade. O amor é uma amizade sem inveja. É um sonho com realidade. É uma realidade sem photoshop. O amor é um abraço apertado, um olhar que se encontra, um silêncio que não incomoda, um barulho de onda, um gosto bom. Não tem serenata, mas tem bilhetinho dentro da bolsa. E rotina, cansaço, discussão, divergências de opinião. Mas, acima de tudo, tem paciência. E vontade. 
Acredito que as escolhas são todas nossas. Você escolhe quem atrai, você escolhe onde quer estar, você escolhe o seu emprego. Uma vez um chefe meu disse uma frase que nunca esqueci “a gente escolhe onde trabalha”. E é verdade. Durante algum tempo, vivi insatisfeita com meu trabalho. Vivia num ninho de cobras, um querendo puxar o tapete do outro, gente dando tapinha nas costas e falando de você escondido. Não gosto disso, não sou assim. Faço meu trabalho e pronto. Tenho a minha vida pra viver, minhas coisas pra fazer e, honestamente, não tenho tempo pra isso. Não ganhava rios de dinheiro, mas até que era razoável. Dava pra viver tranquila. Hoje eu faço o que gosto, mas volta e meia me aperto. Fiz uma escolha e toda escolha tem uma conseqüência. Eu podia trabalhar em um lugar, ser menos feliz e mais segura financeiramente. Mas preferi viver na inconstância e me realizar profissionalmente. Loucura? Sei lá. Quando a conta fica no vermelho eu penso que podia estar em outro lugar engolindo sapos obesos e indigestos. Mas depois eu paro, reflito e chego a conclusão que sou bem mais feliz assim. É preciso ter admiração e respeito pelo ambiente onde você trabalha, pelo seu chefe, pelos seus colegas, senão não vale a pena. Não é saudável trabalhar para um bando de filhos da mãe. 
Vejo muita gente que não é feliz no que faz. Acho péssimo. Bom mesmo seria a gente trabalhar no que gosta e ganhar super bem por isso. Alguns têm essa sorte. Outros nem sabem que isso é sorte. Mas sempre é bom a gente refletir sobre as coisas que faz, o que quer do futuro, onde espera estar daqui a cinco anos. E mudar, se preciso for. Porque ninguém está aqui de brincadeira."


Tenho pensado muito ultimamente sobre as escolhas que fiz e tenho feito a cada dia. E muitas vezes chego a pensar que elas não foram as mais certas. A gente, as vezes, se precipita em alguns ponto da nossa vida e acaba sofrendo por isso. Por outro lado eu acredito que é sempre bom dar um voto de confiança as escolhas antes de fazer novas, que muitas vezes podem substituir de vez a anterior. Nesse momento eu cheguei a conclusão que não adianta me desesperar e nem querer jogar tudo para o alto de uma vez. De certo modo tô na fase do " o que tiver de ser será" e "o amanhã a Deus pertence". Vou levando as coisas como estão no momento. E se tiver de mudar? Eu mudo. Ora, se o mundo é mutável a cada momento por que eu não poderia ser?
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